terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Horas de Felicidade



Num dia, estava vendo o comercial da opinião pública sobre quem devia sair do Big Brother 11." – Acho que a Janaina deve sair porque ela é muito alegre e isso é falsidade" ou algo parecido, foi o que uma mulher disse; e então fiquei refletindo sobre isso.Nossa infelicidade vem das épocas mais remotas possíveis, onde Eva não resistiu à tentação de uma maçã doada por uma cobra (é o que diz a religião católica apostólica-romana, e a única versão que conheço sobre o Paraíso). E se Deus quis que houvesse o mal e a tristeza? Talvez ele mesmo criou aquela cobra e aquela maçã envenenada. O motivo que encontro pra isso é valorizar a felicidade através da tristeza. Pois sem a tristeza, todos estariam tão acostumados com a felicidade que não a valorizariam. É como se afogar: até antes disso, você não dá valor ao ar. Mas concordemos com o fato mais óbvio de todos: a felicidade é muito melhor que a tristeza. E se é melhor, por quê não tentar contê-la todos os dias, assim como a Janaina faz ou aparenta fazer? Estamos tão acostumados a ter problemas, complicações, dores externas ou internas, que estranhamos quando vemos uma pessoa esbanjando felicidade. E às vezes até a julgamos por isso, alegando ser falsidade o que a pessoa representa. Cheguei à conclusão de que devemos não só parar de julgar as pessoas felizes – estando elas assim por quaisquer motivos – como também procurar ser felizes como elas. Suponhamos que de 24 horas por dia, em 10 estamos tristes ou nervosos; as outras 14 horas são pura felicidade. Não iriamos querer aproveitar ao máximo essas horas? Não iriamos querer amenizar as outras 10 horas de agonia tornando as 14 horas mais intensas? Não deveriamos buscar controlar nossos incômodos, resolver nossos problemas, ignorar nossas negatividades e tentar voltar nossa atenção – exterior e principalmente interior – para a felicidade? Sim, deveriamos. Mas essa é uma tarefa dificílima, pois até com a consciência de que devemos fazer isso, não conseguimos fazer. Isso não significa que devemos desistir da felicidade. Como em todas as situações, não devemos desistir de nossos conceitos e ideais.E como ideal, a felicidade deve vir em primeiro lugar porque é através dela que temos uma vida boa, sendo uma consequência ou um objetivo... e acredito que não deixa de ser os dois.Então tenhamos uma conscientização de que quem consegue tornar essas 10 horas ruins em algo ínfimo, não é falso; é apenas guerreiro. Isso não quer dizer que temos que resistir aos mínimos momentos tristes pois isso é impossível e quem busca fazer isso só tende a sofrer mais. Algumas horas de muxoxo até é gostoso, pra depois irmos correndo pra felicidade. Apenas não deixemos essas poucas horas tornar-sem muitas.
Reduzemos as 10 horas em 5.